Veja a entrevista completa do quadrinista Laerte no Programa do Jô:
Laerte Coutinho (1951) é um dos principais desenhistas do Brasil. Estudou Comunicações e Música na ECA-USP, porém não se formou nestes cursos. Participou de diversas publicações como a Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha e O Estado de São Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman. Enfim, um baita currículo. Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão) desenhou as tiras de Los Três Amigos.
Nos últimos anos, passou a chamar a atenção pelo abandono de seus personagens e pela prática do crossdressing. O artista contou para Jô Soares sobre sua trajetória na exibição do seu lado feminino: a primeira vez que saiu na rua vestido de mulher, o uso de saltos, maquiagem, barba e a escolha das peças do vestuário de acordo com a sua personalidade (feminina). Comparou também com a prática de inversão no gênero da moda de vestuário, onde mulheres fazem isto desde muito tempo (séc. XIX), usando calças, ternos e cabelos curtos.
Afinal, por que as mulheres são sempre obrigadas a estarem no tal determinado modelo feminino, tipo saia, saltos, batom e cabelos compridos? Também o contrário, o homem, sempre másculo? Seriam coisas diferentes: sexo e sexualidade. Tipo: ela é mulher e sapatão (usa roupas masculinas, corte de cabelos curtos, ausência de maquiagem... um homem, mas é mulher) ou, ele é homem e crossdresser ou um transsexual... E no meio de tudo isso, a imensa variedade de tipos de homens e mulheres. Melhor do que o óbvio de sermos iguais, a riqueza da vida de sermos diferentes. Às vezes somos até surpreendidos até com espelhos: desconhecidos que poderiam ser irmãos gêmeos, de tão parecidos com a gente. Viva a variedade!
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